Fabio Mura (PPGA/UFPB) e Jesus Marmanillo (PPGS/UFMA)
O presente GT busca reunir trabalhos que enfoquem os processos sociotécnicos, levando em consideração fatores emocionais e consequentes relações de poder que emergem em seu seio. O intuito é de considerar estes fatores emocionais, bem como aqueles sociais e simbólicos, como sendo constitutivos destes processos, buscando-se assim evitar a produção de análises dicotômicas, principalmente aquelas oriundas da estéril oposição Natureza/Cultura.
Nestes termos, em uma ótica processual, considerando as relações e as interações entre humanos e não humanos, interessa-nos compreender como estados emocionais (confiança, medo, coragem, ira, tristeza, alegria, vergonha etc.) contribuem (e ao mesmo tempo são gerados) na definição de ritmos, gestos técnicos, cadeias operatórias, bem como na formação de habilidades e aptidões, permitindo a geração de status sociotécnicos, relações de força, manifestação de intencionalidades e produção de simetrias e assimetrias relacionais (cooperação, competição, dominação, controle, resistência). A partir destes pressupostos, busca-se apreender construções identitárias, dinâmicas territoriais, aproximação e distanciamento socioespaciais, traçando ontogêneses de objetos técnicos, configurações sociotécnicas, moralidades e tradições de conhecimento.
Serão privilegiados trabalhos que apresentem resultados de pesquisa etnográfica nos mais diversos contextos das práticas sociotécnicas, tanto em espaços urbanos quanto rurais.
Inscrições até 03 de maio de 2022, pelo link https://www.33rba.abant.org.br/inscricoes/capa